
Gostosas Também Choram
Vhenus IntVocê já parou para pensar o que faz alguém ser considerada “gostosa”? E quem é que decide isso, afinal? Será que existe um padrão universal ou apenas ideias inventadas e reforçadas ao longo do tempo?
Durante séculos, o termo “gostosa” ficou preso ao olhar masculino uma lente que julgava, comparava e determinava quais corpos mereciam ser admirados… e quais desviavam ser esquecidos. O patriarcado tentou moldar até o significado das palavras. Afinal, essa “medida” foi criada pra quem e pra quê?
Com o tempo, aprendi que energia de gostosa não tem nada a ver com tamanho de roupa, número na balança ou aprovação alheia. Ser gostosa é existir por inteiro com coragem, intensidade e sensibilidade.
Porque até as mulheres poderosas, seguras e confiantes também choraram. Tem dias difíceis, enfrenta inseguranças, acordos de mau humor e, às vezes, até duvidam do próprio brilho.
E você sabe o que isso prova? Que ser gostosa é, antes de tudo, ser humana uma mistura deliciosa de força e vulnerabilidade.
Ser “gostosa” é um ato de poder. É transformar o que antes era rótulo algo criado pra nos reduzir em voz, presença, verdade e pertencimento. É quebrar regras, redefinir padrões e transformar percepção em liberdade. Ser gostosa é, também, ter coragem de sentir .
Porque, no fim, quando entendemos que o único olhar que realmente importa é o nosso, descobrimos que gostosura é viver sem pedir licença. É chorar, borrar o rímel e, ainda assim, se enxergar por inteira gostosa, viva e dona de si.